Após a notificação de casos recentes de MPOX (antiga varíola dos macacos) em Manaus, a Secretaria Municipal de Saúde de Santarém, no oeste do Pará, intensificou as ações de vigilância e prevenção. De acordo com a secretária adjunta de Saúde, Irlaine Figueira, embora a doença já estivesse sendo monitorada, o cenário na capital amazonense motivou a ativação de um plano de contingência mais estruturado.
“Nos reunimos enquanto rede – vigilância, hospital, UPA, SAMU e as unidades básicas – para traçar estratégias de prevenção e monitoramento da MPOX. Estamos atentos, mas é importante dizer que não há nenhum caso confirmado nem óbito por MPOX em Santarém”, disse a secretária
Uma das principais medidas será a criação de uma unidade sentinela, que realizará a triagem de casos suspeitos, coleta de material biológico e encaminhamento para diagnóstico no Lacen (Laboratório Central do Estado).
“Essa unidade será referência para avaliação clínica e definição do risco dos pacientes. A maioria dos casos é leve, mas é fundamental identificar rapidamente os que possam evoluir para quadros mais graves”, afirmou Irlaine.
As unidades básicas de saúde e os serviços de urgência e emergência seguirão como portas de entrada para a população. Em situações suspeitas, os pacientes poderão ser encaminhados à unidade sentinela. Os centros de referência do município também atuarão na notificação e investigação dos casos.
Capacitação das equipes de saúde
A partir da primeira semana de maio, a prefeitura iniciará capacitações para os profissionais da rede municipal, incluindo médicos, enfermeiros, agentes comunitários e equipes de urgência. O objetivo é garantir a identificação precoce dos sinais da doença e o manejo adequado dos casos, evitando alarmes desnecessários.
Nesta quarta-feira (1º), a Vigilância em Saúde de Santarém participa de uma reunião com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e o 9º Centro Regional de Saúde para validar e, se necessário, ajustar o plano local.
Combate às fake news
Irlaine Figueira também alertou a população sobre a circulação de informações falsas. “Circulou a notícia de um suposto caso em Santarém, o que não é verdade. O único caso registrado foi em 2022, e provavelmente essa informação antiga foi repassada como atual”, esclareceu.
A recomendação é que os moradores busquem informações confiáveis nas unidades básicas de saúde, que seguem como principais canais de orientação.
Sobre a MPOX
A MPOX é uma infecção viral transmitida por contato direto com lesões, fluidos corporais ou objetos contaminados. Os sintomas incluem febre, dores no corpo, lesões cutâneas e inchaço dos gânglios. Apesar de, na maioria dos casos, ser uma doença leve, pode se agravar em pessoas imunocomprometidas.
Até o momento, não há casos confirmados de MPOX em Santarém. As autoridades de saúde garantem que a vigilância permanece ativa para proteger a população.
Fonte: G1 Tapajós